A Água d’Alta era uma das propriedades preferidas do meu avô
Jaime Dias, onde ia frequentemente fazer piqueniques com a família.
De referir
que Jaime Dias foi um empreendedor inovador do Orvalho nos anos 30 e 40, nos
sectores da indústria (lagar hidráulico dos mais modernos, moagem e uma empresa de camionagem) e comércio (mercearia).
Além disso, muito contribuiu para o
desenvolvimento do Orvalho (ex.: estradas de acesso) e apoiou muito a comunidade.
Morreu num acidente de automóvel em 1949 e os negócios foram decaindo a partir
daí. No entanto, as propriedades ficaram, hoje na posse da minha mãe, Maria Alice
Dias de Azevedo, como a Água d'Alta.
A Cascata das Fragas da Água d’Alta (Oleiros) é um geomonumento que faz parte de um geopark, neste caso a Geopark Naturtejo que, por sua vez, faz parte do European Geoparks Network e tem o apoio da UNESCO.
A Junta de Freguesia do Orvalho construiu os passadiços, que
infelizmente arderam em Agosto último, mas não teve a delicadeza de informar a
minha mãe da sua inauguração. Em vez disso, pressionou-a para vender a propriedade por um
valor ínfimo.
O valor de uma propriedade não é apenas definido pela sua
área, mas também e sobretudo, pela sua localização e, no caso da Água d'Alta, pela sua importância estratégica na região.
A propriedade da Água d’Alta, com os seus cerca de 4 hectares, é actualmente o ex libris da região e o maior impulsionador do seu desenvolvimento turístico (geoturismo e ecoturismo).
Esperamos que a Câmara Municipal de Oleiros reconheça
que a nossa família não tem sido tratada com equidade relativamente aos outros
munícipes de Orvalho (e posso prova-lo com diversos factos e situações), e
finalmente apresente à minha mãe uma proposta justa e proporcional ao valor real da propriedade da Água d’Alta.
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