terça-feira, 10 de maio de 2016

Europa: as boas notícias primeiro






O Partido Pirata tornou-se um franchizing político: Suécia, Berlim, Islândia. Democracia baseada na transparência, no empowerment dos cidadãos, na participação, nas redes sociais. É, sem dúvida, uma cultura política do séc. XXI.
Em Londres ganhou o Labour Party.

Estas são as boas notícias da Europa. As más aí vão:

A Europa deu argumentos ao PM da Turquia para a acusar de "cruel" ao "fechar as portas aos refugiados".
A Grécia não consegue a compreensão do Eurogrupo, nem depois de ter acolhido milhares e milhares de refugiados apesar da sua situação económica precária.
Verifica-se um ressurgimento preocupante da extrema-direita nos países do norte e centro e, a sul, na Grécia.
A Espanha vai ter de repetir eleições.
Obama vem ao Reino Unido e traz o TTIP na pasta.

Ricardo Paes Mamede lembrou no Números do Dinheiro desta semana os benefícios da integração europeia em programas como o Erasmus e os subsídios para a investigação. Mas logo depois lembrou o caminho escolhido pelas instituições europeias, sobretudo a partir da crise financeira de 2008.

Ninguém revelou muito entusiasmo a falar da Europa na televisão. A Europa política, económica e financeira, o projecto inicial de colaboração entre os países, tudo isso foi adulterado pelos tecnocratas e pela finança. E os políticos foram atrás.

Claro que todos juntos somos mais fortes. E que seria óptimo ver o projecto original a desenhar-se de forma saudável. Mas o que vemos é um edifício metálico à prova de informação e transparência. Trata-se de um poder centralizado que não responde perante instituição alguma. Apesar de ter um parlamento.



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