sexta-feira, 5 de junho de 2015

O programa oculto da coligação

Enquanto no futebol mundial se fervilha com a descoberta (?) da alta corrupção na FIFA, a Europa das estrelinhas começa a inclinar-se como a torre de Pisa. As cabeças visíveis que lideram o projecto europeu revelam-se simples marionetas de um outro projecto que nada tem a ver com o inicial e com aquele que apresentou nas eleições europeias.

Lá como cá, aqui fervilha-se com a mudança de treinador no Benfica e no Sporting, enquanto a coligação que gere actualmente a política nacional apresenta o seu programa eleitoral sem dizer, desta vez, o que vai fazer exactamente. É que da primeira vez ludibriou completamente os eleitores.

Os eleitores mais atentos e experientes já sabem o que a coligação vai fazer na área do trabalho e da segurança social, o núcleo digamos assim, o coração do país, porque se trata da vida das pessoas, a área mais sensível, a área que devia ser mais defendida e acarinhada, como estão a fazer os gregos mesmo na situação de encostados às cordas.

Mas não é apenas no núcleo, no coração do país, que a coligação espeta o estilete (ando a acompanhar as séries da Miss Marple e do Poirot), é nos recursos essenciais: banca, energia, comunicações postais, telecomunicações. Agora esfregam as mãos ao transporte aéreo, ao transporte urbano e à agua.

Alguém tem dúvidas sobre o programa oculto da coligação?

1. Cortes nas pensões;
2. continuação da redução do valor trabalho, isto é, trabalho precário, subemprego, formação/estágios sem perspectivas; 
3. aumento de impostos, taxas, coimas;
4. continuação da privatização dos recursos nacionais;
5. colocar a economia ao serviço da finança, isto é, os cidadãos ao serviço da dívida;
... E a lista de malfeitorias continua. 

Mas não se pense que os socialistas estão muito melhor intencionados. Também querem ir ao coração do país, isso mesmo, à segurança social.
O que fizeram eles do programa Novo Rumo?, o que fizeram eles da unidade em fundo verde e com música inspiradora e que respirava paz entre os homens de boa vontade?, o que fizeram eles de Seguro?
   
E agora? Como votar? Como confiar num projecto e num programa? Como sair desta alternância viciada?
Pois é, falta-nos um projecto novo, mas acima de tudo proposto e gerido por uma nova cultura. Uma cultura de inteligência prática, responsabilidade, colaboração.
É por isso que a minha esperança reside agora nas novas gerações.








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