terça-feira, 19 de maio de 2015

A cultura de violência financeira

Se alguém acreditou no slogan da propaganda eleitoral europeia "desta vez é diferente", já teve oportunidade de verificar que era mais uma grande mentira. Afinal, não é com vinagre que se apanham moscas (graças a Deus deixei de ser mosca).
Não só não é diferente como o BCE, a CE e o Eurogrupo ganharam novo fôlego no caminho do domínio da finança sobre a economia e os europeus, as tais pessoas do vídeo eleitoral.
Este caminho do domínio da finança está perfeitamente visível na humilhação da Grécia, esse processo abjecto em que Portugal colaborou activamente. Também aqui se verifica não apenas a distorção completa do que prometia a propaganda eleitoral como uma terrível violência contra todo um povo em apuros, as tais pessoas que se prometia ouvir e apoiar. Afinal, para estes tecnocratas quem são os europeus do vídeo eleitoral?

A violência na humilhação da Grécia, pelo BCE, a CE e o Eurogrupo, secundados pelo FMI, vai ter consequências imprevisíveis.
Há muitas formas de violência e esta, a financeira, efectuada à distância, de forma impessoal, fria, metálica, à séc. XXI. é tão destrutiva como as outras. Provocar a exclusão e espalhar a fome, por países da Europa e por novos guetos regionais, enquanto reembolsa os últimos trocos e os juros, é uma forma de violência abjecta.
Mas veja-se como a ministra das finanças de Portugal se comportou quando chegou ao "Olimpo dos Deuses" da nova Europa: perfeitamente enquadrada na cultura de violência financeira.

Uma resposta criativa deu-a uma jornalista que furou a segurança de Mr. Draghi para espalhar confetti sobre a sua "divina"cabeça.      







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