segunda-feira, 19 de junho de 2017

Portugal: é tempo de nos unirmos em comunidades criativas e participarmos na gestão colectiva criando novas plataformas políticas



O país está em choque. Com imensas perguntas para fazer. A questão é: a quem?
Quem sentimos que nos representa hoje, em quem confiamos para nos responder? 

No meu post de ontem responsabilizo o ministério da administração interna, o ministério da justiça, a protecção civil, a polícia judiciária, o ministério público, o presidente de câmara e os presidentes das juntas de freguesia. Esqueci-me do ministério da agricultura e do ambiente. 

Neste momento sinto que ficamos sem verdadeiros representantes a quem apresentar as nossas perguntas. 
Antecipamos os seus argumentos já gastos e nada convincentes.
A limpeza da floresta é o mais utilizado.
Mais recentemente as alterações climáticas.

A protecção civil tem de incluir essas condicionantes na mobilização dos meios e estratégias.
Investir na prevenção implica identificar os riscos, antecipar-se à situação de perigo, colocar os meios e as estratégias nos pontos sinalizados.
Informar as populações das medidas de prevenção, fazer simulações, se for caso disso dar formação a voluntários.
Li num artigo que não há bocas de incêndio, por exemplo, nas aldeias isoladas.

A cultura de bloco central persiste na administração pública. Esquecemos com facilidade que o governo é do PS e que os vícios culturais estão lá todos. 
Simpatizamos com o PM, que sabemos competente e responsável, e com alguns jovens que nos surgem esclarecidos e actualizados.
Mas nada de essencial mudou na cultura das elites políticas e dos grupos fechados. 
É por isso que considero que o PS não merece a maioria absoluta. 
E que o BE e o PCP, que têm funcionado como os movimentos cívicos que nos faltam, devem dar o corpo ao manifesto em futuros acordos e participar na gestão política.

E entretanto, se queremos melhorar a nossa democracia, ter representantes que realmente nos representam, que valorizam as populações para lá dos recursos e do déficit, que encaram o país como um todo na sua diversidade, que procuram o equilíbrio litoral-interior, é tempo de nos unirmos em comunidades criativas e participarmos na gestão colectiva criando novas plataformas políticas.
Os franceses resolveram assim o esgotamento politico dos partidos convencionais, que se ia traduzindo numa alucinação colectiva: votar no seu pior inimigo. Situação que se verificou na América.


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