quinta-feira, 22 de junho de 2017

Incêndios florestais: um crime que configura gravidade equivalente a um acto terrorista



Em entrevista à TVI o PM revela ter procurado respostas que possam esclarecer a tragédia em Pedrógão Grande. A causa do incêndio, a rapidez da sua propagação e a estrada que se manteve aberta ao trânsito, foram as questões fundamentais.
As entidades técnicas, científicas, administrativas, inclinam-se para circunstâncias adversas em simultâneo: fenómenos atmosféricos como trovoada seca, ausência de humidade, ventos como furacão. 
As várias entradas ao longo da estrada teriam dificultado o seu encerramento. A propagação rápida e em várias direcções terá dificultado a informação correcta a quem procurava escapar de carro.

No início verificou-se uma divergência entre o comandante dos bombeiros, Marta Soares, a referir "mão criminosa", e a polícia judiciária a não encontrar indícios criminais e a apoiar a tese da trovoada seca. Parece que entretanto ja admite a hipótese de origem criminosa. 
Esta hesitação da policia judiciária deixa-nos logo uma sensação de insegurança. Afinal, deveriam ser os primeiros a descobrir...

Já vimos, ao longo dos anos, como a maior parte dos incândios florestais evolui em Portugal, para deduzir a sua origem criminosa.
Raciocinem comigo. Um incêndio que, logo no seu início, apresenta várias frentes que evoluem para um enorme círculo atingindo, em muito pouco tempo, uma dimensão de muitos quilómetros.
Mesmo contando com as condições atmosféricas e a trovoada seca, era preciso a queda de vários raios a uma distância considerável uns dos outros e em simultâneo, para que o incêndio evoluísse em várias frentes e àquela velocidade devoradora.

Estes crimes repetem-se anualmente e sem uma intervenção clara e eficaz das autoridades competentes, como se estes crimes não configurassem gravidade equivalente a um acto terrorista.

Vejam o que foi necessário acontecer para acordar o pais para a exigência de respostas eficazes e responsáveis. 
As pessoas não vão aceitar, a partir daqui, a mesma negligência de décadas da gestão política.


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