quarta-feira, 15 de março de 2017

Os Millennials e o jazz


O jazz é uma linguagem musical que sempre associei à minha geração - a que eu chamo geração de transição :) - e às gerações anteriores à minha. Do jazz retenho a inteligência, a irreverência, as frases libertas de regras e a comunicação dos vários elementos instrumentais. Do jazz retenho os sons dos instrumentos de sopro e de percussão - os meus preferidos - e algumas vozes: Ella Fitzgerald, Louis Armstrong.

Para minha surpresa, o jazz continua a inovar-se e a misturar-se com outras linguagens que entretanto já não conseguimos classificar. É como se as várias culturas musicais se entrelaçassem em tonalidades e atmosferas diversas com uma base comum: a inteligência, a irreverência, o espaço à inovação e à comunicação.

Devem ser estas características que atraem os Millennials. A alegria com que vivem essa experiência musical, a simplicidade e a naturalidade que lhe dão uma dimensão de vitalidade criativa.

Foi por acaso que descobri este Millennial musical. Raramente ligo à Eurovisão, mas desta vez apeteceu-me ouvir as várias canções e, se fosse caso disso, votar na minha preferida. A surpresa surgiu quando ouvi um miúdo de gestos tímidos e uma sensibilidade musical rara. A forma como dava uma tonalidade às palavras, como pegava nas frases musicais. Pela primeira vez participei na votação do público. A surpresa continuou: a canção do miúdo foi a escolhida na primeira selecção e também na final.

Mas a surpresa maior ainda estava para vir quando fui ao Youtube pesquisar o seu trabalho. E lá estavam registos musicais diversos: o jazz minimalista e inovador, em americano e em espanhol (como "Nada que esperar") e algumas canções em português (como "Nem Eu"). Aqui vão as que mais me impressionaram em registo de jazz: 





Post publicado n' As Coisas Essenciais.



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