A história ensina-nos que as invasões têm todas um propósito: a ganância do poder e da apropriação de recursos.
No séc. XXI uma invasão como a do Iraque, a primeira de várias (e as invasões são sempre ilegítimas), passaram a ser justificadas pela ameaça do terrorismo, pois passa bem nos media e nalguma opinião pública.
A ameaça do terrorismo é real, mas não se resolve destruindo países e a vida de civis. Não só não se resolveu como piorou com a invasão do Iraque, e com as intervenções no Afeganistão, na Líbia, na Síria...
A invasão do Iraque teve nas ruas a contestação pública, europeia e americana. De nada valeu. Forjaram-se motivos para legitimar a invasão. A partir daqui foi o horror que vimos, o impensável, atentados contra civis, explosões mortíferas, e os crimes de guerra.
Se a guerra da Bósnia, no coração da Europa, que já nos tinha horrorizado nos anos 90, teve consequências de responsabilização por crimes de guerra, também o Iraque e a Síria têm responsáveis.
Aleppo é um grito que não nos deixa sequer descansar o cérebro e o coração. Aleppo é o nosso pesadelo, a nossa revolta e a nossa impotência. As crianças de Aleppo... as famílias em pânico...
Não nos podemos conformar com a assinatura de petições por Aleppo. Como cidadãos do mundo podemos fazer muito mais. Exigir a responsabilização por este crime de guerra a desenrolar-se perante os nossos olhos, os nossos neurónios, os nossos corações.
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