sexta-feira, 2 de setembro de 2016

A prioridade não é o défice mas apresentar resultados na economia

A provocação política simplifica as questões de tal modo que distorce o essencial. A estratégia do governo falhou, por exemplo. Como se o governo tivesse tido a possibilidade de testar a sua estratégia inicial. Não teve. Teve foi que encontrar um compromisso entre a sua estratégia e Bruxelas. E ainda lhe caiu em cima o Banif e a Caixa, isto é, o sistema financeiro.

A insistência no défice desviou as atenções da prioridade: apresentar resultados na economia. Agora acenam com a economia, que está a crescer menos do que se esperava. Não admira.

Neste artigo do Público, três economistas respondem à questão da estratégia do governo, se falhou ou não. Borges de Assunção destaca "a fragilidade do investimento" como o dado mais preocupante. Em relação ao investimento público, Paes Mamede lembra que "está a ser contido para cumprir metas orçamentais". Augusto Mateus lembra a dimensão e a produtividade da nossa economia: "temos recursos a mais em actividades que não crescem". É interessante esta perspectiva: "não se trata de pôr a economia a crescer tal como ela é, tem de se fazer algo diferente (...) É preciso política económica, não pode ser apenas política financeira".





Sem comentários:

Enviar um comentário