terça-feira, 13 de outubro de 2015

Ainda não temos governo mas já temos Presidente

É impressão minha ou este Outono está a revelar-se mais suave e alegre? Como se um peso nos tivesse sido tirado dos ombros... e só pelo facto de estarmos, bem... sem governo. 
Agradeço, pois, a todos os Indecisos que foram votar terem hesitado até ao último momento e terem mantido o suspense até ao fim. Assim, comparando com as sondagens na semana anterior às eleições, podemos concluir que a distribuição dos seus votos foi deveras interessante: bastantes votos para o BE, alguns para o PS, uns poucos para a CDU, e ainda se lembraram do PAN, o único dos novos partidos a merecer a sua atenção.

Apesar da dupla PSD/CDS, da comunicação social e dos comentadores agitarem os fantasmas do passado, para assustar os cidadãos quanto à possibilidade de formação de um governo de esquerda, os ditos cidadãos não parecem preocupados. A vida continua docemente e em paz.
Afinal, podemos não ter governo mas já temos Presidente.

Alguém que finalmente apresenta a sua candidatura fora do centro político e das luzes da ribalta, junto dos cidadãos.
Alguém que define a sua futura forma de representar o seu país e os seus concidadãos, perto das pessoas e com as pessoas. Sim, finalmente alguém que gosta de pessoas.
Assim, se o governo que sair das negociações em curso se vir entalado ou pressionado, já temos alguém que pode construir pontes e manter a harmonia e equilíbrio há tanto desejados.

Entretanto vou saboreando estes dias de intervalo sem a dupla PSD/CDS no poder. Esta súbita paz, esta calma outonal... 
Afinal há uma década já que somos massacrados com personagens rígidas e arrogantes. Não seria bom que agora surgissem pessoas a sério?

Para celebrar este Outono e este intervalo, um filme muito arrumadinho dos anos 50:






  

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