quinta-feira, 30 de julho de 2015

Eleições legislativas: é fácil desmontar a propaganda da coligação

E um belo dia ouvimos na televisão o impensável em adultos responsáveis: se ganharmos as eleições damos-vos um prémio... as empresas de rating estão à espera de ver quem ganha...

Conseguem imaginar o riso que terá acompanhado a elaboração deste folheto de propaganda a que chamaram programa?
País mais competitivo do mundo daqui a 4 anos?
Descer a dívida para 107% do PIB?
Basta ver estas duas promessas para se perceber o que pretendem fazer.

Mas analisemos a primeira: país competitivo.
Com o serviço da dívida? E com uma das energias mais caras da Europa? E com as fraudes financeiras? E com as falhas na supervisão bancária? E com os recursos públicos nas mãos de privados estrangeiros? E com grandes grupos a pagar impostos noutros países? E com a grande evasão fiscal? E com os paraísos fiscais no coração da Europa?
Estes são constrangimentos que impedem o país, logo à partida, de ser competitivo.

A não ser... que o valor trabalho desça ainda mais.
Será por isso que o nível do desemprego não pode descer muito mais, tal como nos está a querer mentalizar o FMI?
Mas isso não nos irão dizer. 

Não sendo esta propaganda minimamente credível, é evidente que não podem apresentar números, nem estudos, nem projecções.

Os portugueses aceitaram a austeridade porque assumiram a dívida que contraíram em seu nome, como sua. E porque acreditaram na lógica dos benefícios da austeridade e na ausência de alternativa.
Foi assim que a coligação se apresentou em Bruxelas, como o exemplo de sucesso. Exemplo que serviu às instituições europeias e ao FMI para atirar à cara dos gregos.









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