domingo, 16 de fevereiro de 2014

O plano escondido por trás da propaganda eleitoral europeia

Reparem neste vídeo publicitário das próximas eleições europeias sob o mote: "This time is different" (???)


É diferente de "quê"? Porque não se fala nesse "quê" de que agora é diferente? 
Mostrando precisamente as áreas que foram sendo destruídas sistematicamente, saúde, qualidade de vida, futuro, as palavras e frases da propaganda a contrastar com o que verdadeiramente aconteceu e continua a acontecer chega a configurar insanidade mental.

Este tipo de marketing político, além de obsoleto e de soar a falsidade em cada palavra cuidadosamente escolhida e cada frase delicodoce, é absolutamente intragável. Quem querem eles influenciar e/ou programar com este discurso e estes sorrisos mais próprios de um anúncio de pasta dentífrica?
Agora coloquem-se no lugar dos cidadãos dos países intervencionados e de outros, prensados e amolgados em diversas receitas e doses, ao ver e ouvir vídeos como este!
Porque não assumem os tecnocratas europeus, e os políticos nacionais, a sua responsabilidade na grande mentira que permitiu um verdadeiro assalto aos cidadãos e que sacrificou já várias gerações?

Desculpem insistir no tema dos graves erros da política e da economia, e dos malefícios da finança nas nossas vidas actuais. Não me canso de dizer que o problema é da dimensão cultural, a crise é cultural, de prioridades, da gestão dos recursos, do valor do trabalho. 
É por isso que tenho voltado ao tema da Europa, do falhanço do projecto europeu, da grande mentira do marketing político europeu, e do que está realmente em jogo mas que poucos identificaram: os recursos e a sua apropriação pelos grandes grupos económicos.
A austeridade veio permitir a sua concretização, da forma mais cínica e perversa possível. Como classificar políticos que colocam os seus países e cidadãos na maquinaria mortífera do negócio da dívida?
Cabe na cabeça de uma pessoa mentalmente saudável querer passar por cima do sofrimento causado a milhões de europeus para manter os lucros da finança e dos grandes grupos económicos? 

Cabe na cabeça de uma pessoa mentalmente saudável querer iludir os cidadãos europeus para os continuar a escravizar no negócio da dívida? 

Cabe na cabeça de uma pessoa mentalmente saudável tentar passar a mensagem de que "desta vez é diferente" sem falar desse "quê"?

É que esse "quê" é precisamente a sua responsabilidade na grande mentira que permitiu um verdadeiro assalto aos cidadãos e que sacrificou já várias gerações.

Gostei, pois, de ver que, no programa Eurodeputados mais recente da RTP2, são as mulheres, eurodeputadas, que desmontam a propaganda europeia, demonstram os erros cometidos e identificam o verdadeiro plano da austeridade.

A austeridade da troika não é nada mais nada menos do que o que o FMI fez nos países em vias de desenvolvimento: a apropriação progressiva e sistemática dos seus recursos que resultou tantas vezes em cenários de conflito armado: essa é a dimensão do seu plano maquiavélico e da sua insanidade mascarada de racionalismo económico.


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