segunda-feira, 3 de julho de 2017

As populações já não se revoltam, exigem



Os políticos estavam habituados a lidar com a revolta das populações e preparavam-se para isso.
Acontece que a revolta apenas esgotava a resistência emocional num determinado período de tempo.
As pessoas comuns perceberam que não estão isoladas, são comunidades vivas, ligadas entre si por fios invisíveis e inteligentes. A tecnologia permite-nos estender o olhar e dar as mãos mesmo estando distantes.

As populações já não se revoltam, exigem.
Mas estarão os candidatos partidários preparados para a cultura da participação cívica que implica prestar contas, transparência, informação adequada, respostas eficazes?
As autárquicas são o primeiro passo para refrescar a democracia e equilibrar as desigualdades. 

Hoje soa-nos obsoleto, ridículo e até ofensivo, o espectáculo das autárquicas. Deputados que se candidatam, candidaturas que mudam de partido, a continuidade dos mesmos rostos e dos mesmos tiques, todo esse folclore.
Os partidos convencionais, PS, PSD, CDS, ainda não perceberam que esse folclore deixa agora de ser tolerado.



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