É incrível como depois de Berlim cidades como Londres, potenciais alvo deste tipo de ataques terroristas, não alteram a sua mobilidade. Esta é uma questão essencial, de segurança.
A protecção das populações é uma prioridade em democracia. O valor da vida é, numa democracia, um valor prioritário. E a liberdade deve ser considerada, em primeiro lugar, como o direito à vida. É aqui que a segurança entra.
Continuo sem perceber esta mensagem dos responsáveis políticos depois de ataques horríveis no coração das suas cidades, como se estivessem num teatro bélico a falar directamente para os terroristas: vamos continuar com o nosso estilo de vida.
O que as pessoas precisam de ouvir não é isso. O que as pessoas precisam de ouvir é: vamos tomar todas as medidas de segurança preventiva para que este tipo de ataques não volte a ocorrer.
Tal como em Berlim, põe-se a questão fundamental da mobilidade. A mobilidade dentro das cidades tem de ser encarada de uma forma inteligente e inovadora.
Os transportes públicos também têm alguns desafios relativamente à segurança: aglomeração de pessoas num espaço reduzido. Com as novas tecnologias não há forma de disparar alarmes com a presença de metal, como nos aeroportos? (Muitas chaves de casa vão disparar? E muitas moedas nas carteiras? Bem, de qualquer modo em breve tudo isso será substituído por cartões.)
Os cidadãos têm o direito à informação sobre medidas de segurança preventiva, que comportamentos adoptar, que comportamentos evitar. É mais inteligente lidar com os riscos e evitá-los do que a atitude de querer manter um estilo de vida e correr riscos porque se é corajoso.
Os actuais equívocos relativamente à liberdade são culturais e políticos. Ninguém se questiona sobre os desequilíbrios económicos e financeiros que também limitam (e muito) a liberdade.
Resolver os equívocos relativamente à liberdade também resolve os equívocos relativamente à segurança em democracia.
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