quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

A melhor segurança das populações está na antecipação e na prevenção





O atentado em Berlim deixou-nos deprimidos e com razão. As pessoas sentem-se vulneráveis e indefesas.
Muitos comentadores especializados nestas questões têm dito que a ameaça terrorista actual é dirigida ao nosso modo de vida e que é importante darmos uma clara mensagem de que não temos medo. A sério?
Continuar a frequentar locais de grandes aglomerações para mostrar que não temos medo? Continuar a dar-lhes os cenários perfeitos para nos tornarmos as próximas vítimas de outros atentados?
O medo é natural e aceitável, negar o direito a sentir medo é que não é aceitável. Correr riscos desnecessários é que não é aceitável.

A melhor segurança das populações está na antecipação e na prevenção.
Portanto, relativamente a este tipo de atentados, a primeira condição de segurança que se pode assegurar às populações é não permitir a circulação de veículos pesados dentro de um perímetro definido nas cidades. A meu ver, esta é a primeira condição de segurança preventiva nas cidades.

É claro que estudar os motivos dos atentados é útil para evitar a sua ocorrência futura. Há um ódio cego nestes atentados de Nice e Berlim, que aponta para uma retaliação.
Mas o objectivo final dos atentados parece ser o de desestabilizar, separar, desunir, assegurar o caminho a governos que retaliam em vez de anteciparem e prevenirem, e de retaliação em retaliação, arrastar estupidamente as populações para o caos, guerras, destruição, e mais mortes.
Nos condomínios privados onde estas lideranças populistas vivem, podem engendrar estratégias reactivas e de retaliação, porque quem morre nas ruas são as populações indefesas.

Portanto, de que forma se pode melhor prevenir a escalada de violência? Assegurar governos de lideranças inteligentes, equilibradas, sensatas, que promovam a estabilidade, a segurança, a união.
Isto implica, naturalmente, exigir uma avaliação imparcial da saúde mental e dos traços de personalidade, de todos os candidatos à liderança de qualquer país. 
Trump não passaria na avaliação, Marine Le Pen também não.

O que nos leva necessariamente a questionar o papel das Nações Unidas na questão da antecipação e prevenção, para assegurar a segurança das populações. Já vimos documentários suficientes em que a ONU só intervém para salvar as populações quando a situação já se descontrolou e já ocorreram muitas mortes e destruição.






Sem comentários:

Enviar um comentário