segunda-feira, 13 de maio de 2013

A Terra que visualizo todos os dias

Este lugar A Vida na Terra vem concretizar finalmente uma ideia de infância, teria os meus 8, 9 anos. Fiz um livrinho com folhas brancas cortadas em quatro, dobradas e cosidas a uma cartolina amarelada que fazia de capa, com o título pomposo: O Homem e a Terra. Na altura queria falar dessa relação que transformou a terra em terrenos cultivados e em jardins, tudo o que ligava o homem à terra. As árvores de fruto, as plantas, as flores fascinaram-me desde o início.
Ao longo da vida observei sobretudo a forma como o homem esgotou os recursos da terra, deixou desertos em vários locais, contaminou rios e o mar, e nesse percurso ávido e ganancioso, utilizou outros iguais a si, explorando-os também. A história é uma sucessão de construção e destruição, de domínio e subjugação.
E hoje é isso que vemos na Terra: uns poucos a dominar muitos outros, a definir grandes linhas de intervenção e a decidir sobre a água, a alimentação, a saúde, a qualidade de vida, através de informação adulterada. Isto em relação aos recursos fundamentais da nossa sobrevivência. Culturalmente, vemos também a destruição da interacção saudável entre humanos e a substituição de uma cultura da tolerância por uma cultura de ruído, alienação e exploração de outros humanos, que destrói economias colocando países à fome; que destrói regiões com guerras fratricidas e violência diária; que manipula tudo utilizando a palavra, a ciência e a tecnologia como uma nova religião dominante.
Depende de todos nós, habitantes da Terra, definir que grandes linhas de intervenção queremos agora para o nosso único habitat: uma vida com qualidade para todos, alimentação natural e água potável, casas acessíveis e auto-suficientes; a possibilidade de todos e cada um cuidarem de si e da sua família, grupo, comunidade (trabalho, saúde, educação, participação comunitária); a possibilidade de todos colaborarem em soluções inteligentes e eficazes utilizando a comunicação virtual, numa grande comunidade de cidadãos do mundo.
Estamos todos ligados uns aos outros, aos lugares que habitamos, às comunidades de que fazemos parte, de uma forma que não conseguimos ainda apreender.
É essa a Terra que visualizo todos os dias, como um exercício da consciência abrangente, do grande plano.
E a minha primeira mensagem deste lugar A vida na Terra, vem de uma descoberta no youtube e que me lembrou tudo aquilo que tinha observado nos jardins da minha infância, as imensas possibilidades da terra. Alex Ojeda e o seu jardim nas traseiras da sua casa na Florida, que considera uma experiência diária sempre a melhorar e que não se distingue muito da sabedoria que foi sendo adquirida pelos nossos antepassados.








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