quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Instituições democráticas funcionais servem de crivo às ambições de pessoas e de grupos


2017 começa como um filme com várias personagens e todas elas assustadoras. De onde vieram? Como apareceram? Sim, porque nenhuma delas nasceu hoje.
Devem a sua existência e prosperidade a um sistema de negócios internacionais, de contactos pessoais, de defesa de interesses de grupos. Alguns são identificáveis, outros não.

Na América chegou-se ao ponto de se aceitar pacificamente que a personagem, que vão inaugurar daqui a uma semana, descredibilize os serviços de inteligência e os media na primeira conferência de imprensa. 
Esta conferência de imprensa foi muito bem ensaiada, tratava-se de só responder ao que não a compromete e recusar-se a responder a certas agências de informação apelidando-as de "notícias falsas."

A partir daqui podem imaginar o que se segue? Na ausência de instituições democráticas funcionais e de agências de informação credíveis, resta aos cidadãos defender-se e defender a democracia.
É aqui que entram os movimentos cívicos e as comunidades criativas.

Já se fala em movimentos de cidadãos que se vão manifestar na rua junto às instituições governamentais locais. É uma estratégia interessante.
Quanto às grandes manifestações de rua nas mega-cidades, já sou mais céptica. Colocar a integridade física em risco nunca foi a minha opção. Lembram-se de Seattle?



A eficácia dos movimentos cívicos pode ser aumentada com a cultura da colaboração e as novas tecnologias. 
É certo que as redes sociais vão estar na mira da personagem e das personagens que a rodeiam. Mas nem mesmo a sua fantasia alucinada de reeditar os gloriosos anos 80 vai conseguir que boicotem a sua utilização. Podem corrompê-las, colocar mecanismos de distracção, linguagem agressiva, mas permanecerá uma forma criativa e eficaz de colaborar.

Caros Millennials, esta mensagem é directa: vivi nos anos 80 com a vossa idade actual, e posso-vos garantir que não tinha nada desse glamour que vêem e ouvem nas bandas musicais. Era um tédio cultural. Andámos para trás em relação aos anos 70 que, pelo que leio e ouço, também já foram um retrocesso em relação aos anos 60. 







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