sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

A eficácia do activismo político: da rua para as redes sociais

Aqui procurei analisar a eficácia na mudança cultural, de movimentos como o Occupy Wall Street e iniciativas criativas de comunidades. Julgo que a eficácia se revela essencialmente nas comunidades criativas, em colaboração, e que, relativamente ao activismo político, a sua eficácia se irá revelar essencialmente nas redes sociais.

Os activistas que estão a acompanhar a COP21 em Paris insistem em manifestar-se na rua apesar das restrições por razões de segurança.  Esta insistência também me parece dever-se à ideia de que os cidadãos não devem alterar a sua vida e a sua liberdade por causa da ameaça terrorista, mas na realidade é isto que irá acontecer: as nossas vidas irão ser alteradas por questões de segurança.
Mas independentemente dessa realidade que nos bateu à porta, as manifestações de rua já começam a perder a sua eficácia. Vejam como o Brasil invadiu as ruas ao longo de dois anos e pouco conseguiu a nível de mudança cultural e política. A "Presidenta" ainda se mantém firme no poder.

Os cidadãos hoje podem colaborar em rede estando em diferentes continentes. A eficácia do activismo político vai passar cada vez mais pelas redes sociais, meio em que a sua acção se tornará mais eficaz e criativa.

As lideranças mundiais pensam que ainda vivem no séc. XX, em que a globalização apenas serve a finança e as grandes corporações. É por isso que apresentam sempre resultados frustrantes e insuficientes para os grandes desafios mundiais. As suas respostas continuam a ser as convencionais. Ex: os bombardeamentos em resposta aos ataques terroristas; a COP21 em que não conseguem sair da sua lógica economicista.

O mundo do séc. XXI é um mundo de mudanças rápidas, de maior flexibilidade e criatividade. As novas gerações já se movimentam nesse mundo. É o mundo da informação, do trabalho em colaboração, da acção criativa.






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