sábado, 18 de julho de 2015

Rigor é diferente de rigidez assim como flexibilidade é diferente de indecisão

Confundimos frequentemente rigor com rigidez e flexibilidade com indecisão.

Rigor é a capacidade de definir prioridades e avaliar o trabalho com objectividade.
Rigidez é fixar-se teimosamente numa única solução, incapaz de ouvir os outros, fechado sobre si próprio como uma concha.

Flexibilidade é a capacidade de adaptar cada passo às circunstâncias, de ouvir os outros, e corrigir a rota se preciso for.
Indecisão é a ausência de uma bússola interior, os valores a seguir quando tudo falha à nossa volta.

É importante distinguir estas características na actividade dos políticos que agora se apresentam a eleições.

E atender igualmente aos paradoxos que nos aparecem à frente. Palavras-chave, que já começamos a ver em mensagens de outdoors, a indicarem precisamente o contrário do que nos ocorre quando vemos os seus autores. Pode uma palavra tão forte como confiança ser proposta por um partido como o PS? Já provaram merecer a nossa confiança? 
Andei aqui 4 anos, pelo menos, a tentar perceber o que estava a acontecer à nossa volta, a nível cultural, social e económico. Agora vejo as mesmas personagens a aparecer enquadradas pela palavra-chave confiança. 
E não é suficiente chamar pessoas da ciência para cabeças de lista. Porque a cabeça de todas as listas é uma confusão de prioridades várias, a indecisão nas encruzilhadas e nos grandes desafios.
E vão-nos surgir encruzilhadas no caminho, e grandes desafios.

Observem com atenção cada proposta política, mas sobretudo observem primeiro quem as propõe. Não se fiquem apenas pelas palavras, por mais fortes que vos soem ao ouvido.








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